Contraponto: Avançar na Luta pelo Socialismo
Para avançar no nosso projeto nacional é importante fortalecer os instrumentos organizativos da militância de base. O Partido é uma das principais referências para viabilizar esse propósito. Há inúmeros lutadores(as) do povo que têm se construído à margem da organização partidária, outros(as) desiludidos(as) e há também as pessoas em geral, que não participam de alguma esfera de atuação orgânica. A militância do PT tem que estar permanentemente convidando essas pessoas a se somarem em suas fileiras de construção.
Para isso, é preciso que o partido se configure num espaço vivo de articulação política, de formação e de decisão. A burocratização é um reflexo do engessamento das instâncias e contribui mais ainda para o do distanciamento da base partidária. A presença na administração pública, se por um lado traz ganhos políticos e estruturais para o partido, por outro, complexifica a relação da vida partidária com os desafios da gestão.
Precisamos, portanto, além de manter as conquistas democrático-populares, reafirmar o caráter autônomo do PT. A gestão tem sua agenda e seus compromissos, mas o PT também é a expressão das lutas populares por moradia, saneamento, segurança, alimentação, educação, saúde, etc. e a pressão legítima das organizações populares é o que respalda nossos gestores a defender avanços na institucionalidade.
Ao mesmo tempo, o PT deve encetar uma política que prepare a militância para os enfrentamentos em defesa das gestões populares, que organize os movimentos sociais sem patrulhamento e que amplie direitos e conquistas.
Fortalecer os setoriais do PT
Os Setoriais têm se construído como espaços fundamentais da retomada da oxigenação da vida partidária. É de fácil comprovação que de nada adiantou o estreitamento burocrático dos núcleos de base em troca da artificialidade das zonais, pois o "estrelismo político" leva sempre a deformações. Com discussões focada em temas, os Setoriais têm a possibilidade de contribuir decisivamente na formulação de políticas públicas qualificadas para as administrações das quais o PT faz parte, bem como fortalecer a relação do Partido com movimentos sociais organizados.
Por meio da intersetorialidade, além da atuação específica de cada segmento, entende-se igualmente imprescindível a realização de lutas políticas articuladas, nas interfaces dos pontos centrais que movimentam a ação política dos setores. Assim, participantes dos mais diversos setoriais: Educação, Saúde, Mulheres, LGBTT, Direitos Humanos, Raça e Etnia, Meio Ambiente, Economia Solidária, Moradia, Tecnologia da Informação, Cultura, Comunidades Tradicionais, Deficientes, Idosos(as), Juventude, dentre outros, podem utilizar fóruns presenciais ou eletrônicos para se articularem em relação a causas afins que impliquem no desenvolvimento territorial integrado e buscando sempre a transversalidade necessária com planejamento, parcerias e ações conjuntas.
É preciso superar o comodismo com ações políticas afirmativas que apresentem resultados práticos. E é igualmente relevante a superação da miopia de ações pontuais e fragmentárias. Diante da crise capitalista mundial, é preciso generosidade para levar adiante a grandiosa obra das transformações sociais radicais e emancipatórias.
O Diretório Nacional do PT deve continuar aprofundando a compreensão acerca desse processo e engajar-se, juntamente com os Coletivos setoriais do PT, no compromisso político de levar a frente a tarefa política organizativa das lutas sociais. É uma atitude significativa, que nos permitir avançar nas conquistas democráticas e populares brasileiras.
Por uma vida equilibrada, com saúde e sustentabilidade
Nossa práxis parte de uma crítica ao modelo de produção e consumo capitalista que geram as mudanças climáticas. Não somos contra o desenvolvimento. Professamos a sustentabilidade que é o equilíbrio entre os interesses econômicos e a preservação do meio ambiente, pensando nas gerações futuras. Por isso atuamos num partido que pretende transformações profundas na ordem econômica e política. Por meio da Agenda 21, evidencia-se que a pauta ambiental não está restrita à atuação de ambientalistas, mas diz respeito à vida de todos(as) no planeta.
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