terça-feira, 22 de setembro de 2009

Resolução política 01/2009

Orientação à militância dos Coletivos de Base Marxistas

O processo histórico da nossa participação na Tendência Marxista está esgotado. Nossa ruptura tornou-se inevitável, dada a inexistência das condições para permanência de um grupo significativo de militantes. Os princípios que defendemos internamente não encontram mais ressonância na visão política majoritária e nossos caminhos seguem por rotas diferentes. Não nos afastamos, no entanto, do ponto onde sempre estivemos: a TM é que se distanciou e abandonou a luta social de massas, aderindo ao pragmatismo político retrógado.

As circunstâncias são de conhecimento geral: O processo histórico de sabotagem interna, as inúmeras denúncias de irregularidades, o autoritarismo aniquilador da democracia operária, a luta política de resistência, o esforço de debate político nos estados, o enfrentamento na Conferência Nacional em Brasília e o “convite” para nossa retirada do evento. Não faremos agora um estudo de caso mais detalhado. O momento requer a tomadas de posição acerca de assuntos mais urgentes. Deixemos a avaliação para depois do PED, quando será realizada uma Conferência Nacional de organização, que está sendo preparada por meio de contatos em vários estados.

Cabem, porém, algumas orientações à militância:

A defesa com afinco de nossas formulações organizativas e políticas não deve ser justificativa para a existência de um sectarimo dogmático. Ao contrário, trata-se de um momento dialético de repensar práticas e formas de fazer que nos permitam ampliar e renovar nossa militância orgânica. Manter a política organizativa assentada sobre coletivos de base e numa direção eleita em Conferência constitui-se numa estratégia de resistência transitória até a consolidação de uma perspectiva organizativa a ser definida posteriormente.

Também não há razão para expressão de hostilidade da nossa parte em relação aos(às) que preferiram não seguir nossa posição. Pelo contrário, sempre realizamos o debate de idéias, respeitoso e impessoal e assim devemos manter nossa postura, pela força de nossos argumentos nas lutas sociais e nas disputas políticas. Evidentemente não evitaremos a crítica política – até as estimularemos – da forma apropriada.

Assim, mantém-se a política de atuação em setores organizados, na capital e no interior com formação política e contribuições financeiras regulares e dentro dos princípios éticos e políticos que sempre pautaram nossa construção política histórica. Diante da dureza do momento político, é importante a colaboração e firmeza de todos(as) para conquista de nossos objetivos imediatos.

Até a tomada de uma decisão definitiva, nos constituiremos num movimento de base militante, denominado Movimento dos Coletivos de Base Marxista, ou simplesmente CM – Coletivo Marxista.

Fica estabelecida a realização de um movimento de agitação e propaganda ideológica com o objetivo de atrair militantes petistas ou não para conhecer a nova tendência. Neste sentido, reafirmamos o conteúdo do Manifesto Por Outros Sonhos Possíveis, feito em maio de 2009. Em breve, a Coordenação Nacional provisória irá lançar uma publicação com nossas teses para militância, com o esboço de nossa proposta programática, dentro da mobilização do PED.

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