Os(as) militantes da Tendência Marxista do Ceará, TM-CE, legitimamente eleitos(as) como delegados(as) em Conferência Estadual, comunicam que compareceram ao local onde se realizou a Conferência Nacional da Tendência Marxista – TM, em Brasília, mas tiveram suas inscrições NEGADAS pela organização do evento, por determinação da então Coordenação Nacional da TM. Em seu lugar, foi credenciada outra “delegação” formada por um grupo paralelo que se reivindica integrante da TM. Além disso, o delegado Temístocles Marcelos, eleito em plenária sindical em Minas Gerais e embora presente ao evento, foi IMPEDIDO de se inscrever e, em seu lugar, foi credenciado o suplente.
Inicialmente foi PROIBIDO pelo então Secretário Nacional de Organização, inclusive o direito de acesso ao plenário, sendo depois possibilitado por meio de NEGOCIAÇÃO. Iniciados os trabalhos foram lidas as regras da Conferência e dados os informes sobre as delegações dos estados. Houve o questionamento sobre quais estados haviam feito Conferências seguindo as regras de funcionamento. A resposta foi de que NENHUM as havia seguido, tendo sido realizadas PLENÁRIAS na maioria e em três estados sequer houve Conferência (mas compareceram “delegados”). Além disso, cada estado DEFINIU por si o método e a proporção de tiragem de delegados(as), resultando em distorções nas quantidades entre os estados.
O RECURSO apresentado pela Conferência Estadual à Conferência Nacional sobre a INTERVENÇÃO no Ceará, bem como sobre o “AFASTAMENTO” de Temístocles foram REJEITADOS, em função disso os(as) militantes presentes foram convidados pela organização do evento a SE RETIRAREM, o que foi acatado de imediato. Um membro foi destacado para comunicar a saída e assim se procedeu.
Companheiros(as),
Diante dos fatos narrados entendemos que cumprimos o papel determinado coletivamente pela Conferência Estadual da TM-CE. Mesmo sabendo que a maioria das delegações que compõem a Conferência Nacional da TM não tem representatividade, pois foram escolhidas de forma irregular, ou sequer houve escolha formal, fomos ao local do evento em Brasília, mas não fomos reconhecidos e nos foi negado o acesso.
Mesmo assim distribuímos nossos textos e conversamos com os(as) delegados(as). Quando nos permitiram a palavra, fizemos boas falas qualificadas, sem ataques pessoais, na linha política. No tempo disponível argumentamos coerentemente o que temos informado: o não funcionamento da CN-TM e o descaso quanto à divulgação das deliberações, o golpe ocorrido no Ceará e o debate sobre os rumos e o caráter da organização. Os(as) dirigentes se esquivaram com desculpas: que não é fácil o trabalho nacional, que rompemos com a organização e que os problemas regionais não tinham importância nacionalmente. Mas ficou evidente que as delegações já vinham com posições firmadas e preferiram não nos dar ouvidos. Alertamos que a história em breve irá provar quem está com a razão.
Houve outros desmandos e manobras, porém preferimos não cansar a todos(as) com o relato exaustivo. Para completar não nos permitiram que continuássemos em plenário como militantes, colaborando com as formulações da TM e com a escolha da nova CN-TM. Não criamos problemas, pagamos nossos gastos e nos retiramos pacificamente.
Assim, por todos os fatos narrados e a conivência da maioria da TM em nível nacional, concluímos que se esgotou o processo histórico da nossa contribuição nesta organização, embora prossigamos na mesma disposição de continuidade da luta e da combatividade que marca nossa trajetória. Neste sentido, propomos a continuidade do processo político organizativo que vínhamos desenvolvendo, agora sob a bandeira da retomada dos princípios da organização que construímos.
Não fomos nós que nos distanciamos da trajetória da coerência e sim os que preferiram enveredar por um rumo que privilegiar uma ação exclusivamente institucional eleitoral. Precisamos de uma organização renovada, que se constitua de forma ampla e aberta à incorporação de novos(as) combatentes numa linha ideológica de esquerda e socialista.
Para isso e considerando ainda o andamento do processo eleitoral do Partido dos Trabalhadores, convocamos uma reunião da Coordenação ampliada no dia 18/08, terça-feira, às 15h, e uma PLENÁRIA com toda militância, dia 19/08, quarta-feira, às 18h.
Companheiros(as), podemos até perder tempo e companhias na caminhada, mas nunca nos desviaremos do caminho e deixaremos de ser os mesmos lutadores(as) pelo que acreditamos e sonhamos. Sigamos juntos, com nossos propósitos socialistas!
Aíla, Antônio José, Emília, Francisco Carlos, Ibiapino, Joaquim, Rafael, Valéria, Sílvia, Sônia e Zózimo.
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